[...] Quem não quer nada você some. Depois reaparece. E me atiça e me prende com seu jeito. Me faz acostumar quando some e me desesperar em vício quando está perto demais. Me transformo no que você precisa a cada nova conversa, cada novo diálogo regado de cuidado e satisfação e vontade de te ver bem. A cada novo ‘bom dia’ com um ‘fica bem’ escrito no rodapé. Ei, fica bem, eu estou aqui ainda, não está vendo? Fica bem aí que eu fico aqui, despreocupada, com ar de quem está cumprindo seu papel. Fica bem, fica aqui. Permanece, petrifica assim pertinho de mim, meu amor. Eu quero você junto, rente, quente, dentro. Quero você por inteiro, sem reservas, sem deixar pra depois o que se pode fazer agora. Sem palavras medidas. Só medir amor, mesmo sabendo do resultado. Esse que nem no céu caberia.
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